terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O SACRAMENTO DA CRISMA


1) O que é o Sacramento da Crisma?

Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma.Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.

Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.

2) Matéria e Forma
A matéria do Sacramento da Crisma é o Santo Crisma, o óleo da oliveira (azeite), misturado com um bálsamo perfumado e abençoado solenemente pelo Bispo na Quinta-feira Santa. Essa matéria é usada pelo Bispo na cerimônia da Crisma, junto com a imposição da mão sobre a cabeça, quando o ministro traça o Sinal da Cruz com o Santo Crisma na fronte do crismando, dizendo as palavras da Forma.
A Forma do Sacramento da Crisma é: Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.

3) Ministro da Crisma

O ministro do Sacramento da Crisma é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um simples Padre deve crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades de amor a Deus.
A Crisma não é absolutamente necessária para a salvação (uma pessoa não crismada pode ir para o Céu), mas é muito importante receber a Crisma desde cedo: só com a Crisma teremos no Céu a proximidade de Deus e a intensidade de amor que Ele quer nos dar. Além disso, só com a Crisma teremos todas as forças necessárias para vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo que seria grave negligência dos pais se não preparassem seus filhos para receber este Sacramento da perfeição cristã.

4) Instituição da Crisma
Como sabemos que Jesus Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos.”

5) Quais são as graças que recebemos pelo Sacramento da Crisma?
Aumento da graça santificante.
Recebemos de modo novo e especial o Divino Espírito Santo, com seus sete dons sagrados.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
A crisma, como o Batismo e a Ordem, imprime caráter, ou seja, marca de modo indelével nossa alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não podemos receber a Crisma mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem.

6) Quais são os sete dons do Espírito Santo que recebemos de modo especial na Crisma?
São eles:
1 – Temor de Deus
2 – Piedade
3 – Fortaleza
4 – Conselho
5 – Ciência
6 – Inteligência
7 – Sabedoria

Mais tarde, no estudo das Virtudes, vamos estudar cada um deles em particular. Por enquanto basta sabermos seus nomes.

7) Por que existem padrinhos para a Crisma?
Porque, como no caso do Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja nesta ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.

Para terminar, devemos considerar que a Crisma é o Sacramento que aumenta o Amor de Deus em nosso corações. Aos sairmos da cerimônia da Crisma, como soldados de Cristo, temos nossos corações dilatados, abertos para muitas novas graças, capazes de amar a Deus com muito mais forças. É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
Devemos estar atentos em deixá-Lo agir em nós, pois Ele vai nos guiar pelos difíceis caminhos da vida, vai nos encher o coração com muitas alegrias espirituais, com o gosto pela oração, com as forças para vencer as tentações. Só assim poderemos estar cada dia mais próximos do Coração de Nosso Senhor, para servi-Lo e amá-Lo para sempre.

OS VERDADEIROS CRISTÃOS PERSEGUIDOS HOJE EM DIA

Ajuda à Igreja que Sofre:

A Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização internacional de ajuda pastoral da Igreja Católica, que auxilia financeiramente mais de 5 mil projetos por ano em todo o mundo. A AIS ajuda às igrejas pobres e perseguidas com oração, ajuda pastoral e assistência material.

Depois de um decreto em 1984 da Sagrada Congregação Vaticana para o Clero, a Ajuda à Igreja que Sofre foi reconhecida como uma “associação universal pública de fiéis”.

Toda arrecadação é distribuída em 145 países diferentes no mundo, provenientes de doação. A AIS não recebe nenhuma ajuda governamental ou de empresas, mas confia na generosidade de mais de 700 mil benfeitores espalhados pelo mundo.


ESTES SÃO OS VERDADEIROS CRISTÃOS PERSEGUIDOS HOJE EM DIA: http://www.aisbrasil.org.br/

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Veja como a Bíblia foi escrita:

Deus é o autor da Sagrada Escritura. “As verdades reveladas por Deus, que estão contidas e se manifestam na Sagrada Escritura, se consignaram por inspiração do Espírito Santo.” Ele inspirou os autores humanos dos livros sagrados.

A Tradição apostólica fez a Igreja discernir quais escritos constituem a lista dos Livros Santos. Esta lista integral é chamada “Cânon das Escrituras”. Cânon vem da palavra grega “kanon” que significa “medida, regra”.
O Cânon compreende para o Antigo Testamento 46 escritos e 27 para o Novo. Estes são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Ruth, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros das Crônicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judith, Esther, os dois livros dos Macabeus, Jó, os Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, para o Antigo Testamento.

Para o Novo Testamento, os Evangelhos de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João, os Atos dos Apóstoles, as Epístolas de Paulo aos Romanos, a primeira e segunda aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, a primeira e segunda aos Tessalonicenses, a primeira e segunda a Timóteo, a Tito, a Filemôn, a Epístola aos Hebreus, a Epístola de Thiago, a primeira e segunda de Pedro, as três Epístolas de João, a Epístola de São Judas e o Apocalipse.
____________________________________________
Quem mutilou a Bíblia:
Quem mutilou a Bíblia foi Lutero. Quando ele traduziu a Bíblia para o alemão, encontrando alguma passagem que contrariava suas opiniões, ele as cortava como não tendo valor. Foi o que ele fez, por exemplo, com a epístola de São Tiago.

Lutero dizia que, para se salvar, bastava a Fé, sem precisar praticar boas obras.

Ora, São Tiago, em sua epístola, diz o contrário.

Ensinou São Tiago:
"Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras, e não pela fé somente?" (Tiago, II, 24).

E mais:
"A Fé sem as obras é morta" (Tiago, II, 26).

Cortando e mutilando a Bíblia, Lutero e os protestantes caem sob a maldição da Bíblia que diz:

"Se alguém tirar qualquer coisa das palavras da profecia deste livro, Deus lhe tirará a sua parte do livro da vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas nesse livro" (Apoc. XXII, 19).
Orlando Fedeli - Fonte: (site Montfort: http://montfort.org.br/index.php?lang=bra )
__________________________________________
Os protestantes retiraram 7 livros da Bíblia, que são chamados de deuterocanônicos, a saber: Eclesiástico, 1o. e 2o. Macabeus, Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria; eliminaram também trechos de Daniel e Esther.

As desculpas usadas foram as mais variadas, mas podemos reduzí-las a estas:

Houve disputa em torno dos livros deuterocanônicos no começo da Igreja, pois esses livros foram rejeitados pelos judeus por volta do ano 100, no Sínodo de Jâmnia; contra esse argumento, basta lembrar que os judeus também rejeitaram o Novo Testamento, e que portanto esse critério não pode ser tomado como válido; também, as causas da retirada dos livros são sempre por uma estreiteza e rigorismo do povo judaico, como por exemplo a necessidade do livro estar escrito em hebraico; também convém lembrar que houve livros disputados no Novo Testamento, como a Epístola aos Hebreus e a Segunda Epístola de São Pedro, por exemplo: se a disputa na Igreja Primitiva é sinal de que o livro não é canônico, então os protestantes deveriam retirar de suas bíblias também os livros disputados do Novo Testamento;
Os livros deuterocanônicos contém doutrinas rejeitadas pelos protestantes, como o purgatório, defendido claramente em Macabeus e o culto às relíquias no Eclesiástico; os protestantes caem em uma referência circular nesse caso, pois rejeitaram os livros porque tinham doutrinas que não aceitam; depois dizem que não aceitam as doutrinas porque estão em livros que não fazem parte da Bíblia! Note ainda que nem todos os protestantes concordam com o canon bíblico do modo como está hoje: Lutero chamava a epístola de São Tiago de "carta de palha", Calvino desprezava o Apocalipse, os atuais "testemunhas de iehoshua" (sic) não aceitam o Evangelho de São Mateus, e por aí vai...
A exclusão de livros da Bíblia é consequência do falso princípio luterano do livre exame da Bíblia: se cada um interpreta a Bíblia do jeito que quer, por que também não pode definir que livros aceitar como verdadeiros? São Francisco de Sales alertava
já no tempo da reforma que os protestantes haviam eliminado a Tradição e o Magistério da Igreja; depois rejeitaram vários livros, e que no fim acabariam por rejeitar a própria Bíblia. Sábias palavras de um grande santo.

Quanto às versões da Bíblia (Antigo Testamento), havia basicamente duas: a hebraica, que não tinha os livros deuterocanônicos, e a grega (ou Septuaginta) com os livros; é interessante notar que os judeus as usavam indistintamente, tendo ambas por canônicas. E também importa notar que das 350 citações do Antigo Testamento feitas no Novo Testamento, aproximadamente 300 são da Septuaginta. Ou seja: Cristo e os Apóstolos (e Evangelistas) usavam a Septuaginta, sem que nenhum judeu em nenhum momento opusesse qualquer obstáculo doutrinário ao seu uso. De fato, os judeus só irão optar pelo canon reduzido cem anos depois do início da era cristã, em uma reunião em Jâmnia.
In Jesu et Maria,
Marcos Libório.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Papa Bento 16

Ele está só. Mas está errado?

Bento 16 tem bons motivos para defender coisas tão estranhas
Texto Leandro Narloch

Pode alguém estar tão isolado do mundo atual quanto o papa Bento 16? Veja só: ninguém mais discute a importância da camisinha para prevenir a aids. Para o papa, porém, os católicos não devem usá-la nem devem transar por prazer. A nossa cultura também reconhece como uma conquista o direito das mulheres de se divorciar e comandar a própria vida, e a tolerância aos gays é um objetivo.
Não para o papa, que acha o feminismo bobagem, o divórcio "uma praga" e os gays um problema.

Tem mais: ele condena os padres que participam da luta social contra a pobreza e não dá a mínima para a convivência pacífica com outras religiões, como o islamismo. E, numa época em que todos lutam para atrair fiéis, eleitores, clientes, Bento 16 sabe que suas posições vão afastar os poucos católicos praticantes que restam, mas dá de ombros: uma Igreja Católica menor é exatamente o que ele quer.

Seria fácil dizer que o papa é um louco a esbravejar dogmas de sua instituição, se ele não tivesse argumentos interessantes, corajosos e a par do pensamento e da história do Ocidente.


Não é relativo

Joseph Ratzinger escolheu o nome de Bento 16 em homenagem a são Bento de Núrsia, fundador da Ordem Beneditina e padroeiro da Europa. No século 5, são Bento manteve a cultura cristã a salvo das invasões bárbaras. Assim, a Igreja pôde se espalhar pelo continente.

É mais ou menos o que Bento 16 quer fazer: manter a doutrina católica a salvo dos perigos da modernidade, para que a Europa possa voltar a ser cristã. Os "perigos da modernidade" podem ser resumidos em dois traços atuais que dilaceram a Igreja: a secularização (a distância entre a sociedade e a religião) e o relativismo moral, a idéia de que cada pessoa, cada crença pode atingir a verdade, e portanto ninguém é capaz de julgar o outro.

Para a Igreja, nada poderia ser pior. O relativismo torna fácil que pessoas comuns contestem as regras religiosas, põe em xeque a hierarquia e impede o avanço da Igreja pelo mundo. Se cada religião atinge sua verdade, por que um padre deveria converter hindus ao catolicismo?

Para combater o relativismo, uma corrente de cardeais do Vaticano, que o papa encabeçava quando era cardeal, defende que a Igreja reafirme sua doutrina. Em 2001, ele escreveu a polêmica declaração Dominus Iesus ("Senhor Jesus"), atacando a "mentalidade indiferentista, imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que 'tanto vale uma religião ou outra'".
No texto, ele afirma sem dó: o catolicismo é melhor que as outras religiões e só se pode atingir a verdade por ele.

Pensando assim, a Igreja deve seguir intacta, como guardiã dos valores cristãos. Se mudar, perderá sua identidade e não terá mais nada a oferecer. Se possível, deve voltar a ter missa em latim, como antes de 1962.
Precisa seguir fiel ao que acredita, mesmo que com ainda menos fiéis. No livro O Sal da Terra, uma grande entrevista dada em 1996 ao jornalista alemão Peter Seewald, o papa é categórico: "A era da Igreja de massas acabou".


Sem Deus

Se o relativismo abala os alicerces da Igreja, imagine o que faz a ausência da fé entre as pessoas. Essa característica moderna preocupa o papa não só porque ele é chefe de uma das maiores religiões do mundo, mas porque, como um religioso nato, não deve achar possível haver um mundo sem Deus.

O jeito moderno de pensar se baseia na idéia de que tudo pode ser resolvido pela razão. Para melhorar o homem, bastaria usar o conhecimento, a ciência, para reformar a sociedade, por exemplo trocando o capitalismo pelo socialismo, diminuindo a miséria etc.

Para o papa, porém, a razão não consegue aprimorar o homem, pelo contrário: "O progresso também é um progresso de possibilidades de destruição", afirma. "Somos mais difíceis do que nossa revolução moderna pensou", diz o filósofo Luis Felipe Pondé, professor de teologia da PUC-SP. Seguindo os conceitos essenciais do catolicismo, o papa acredita que o homem nasce mau, tem uma imperfeição estrutural. Portanto, precisa da religião e do temor a Deus.

A idéia de Deus como criador do mundo começou a desmoronar há cerca de 5 séculos. De lá para cá, Copérnico, Newton e outros gênios mostraram um mundo sem harmonia divina (e sim como um caos de forças que se batem), levando à conclusão de que o fato de vivermos é insignificante e casual. Com essa mudança, vieram perguntas estranhas. Se estamos aqui por acaso, por que temos que viver? Se não temos ninguém a obedecer, como saber o que é certo ou errado?

Para Bento 16, a fixação das pessoas em prazer, felicidade própria e liberdade vem dessa falta de sentido que a vida tomou.
"Se Deus não está presente, o mundo desertifica-se e tudo é insuficiente", diz em O Sal da Terra.

O papa acha que estamos obcecados por liberdade e essa obsessão estaria por trás da questão do aborto e do divórcio. O raciocínio é assim: se a minha felicidade importa mais, um filho é uma ameaça à liberdade, por isso deve ser abortado; um casamento que dure para sempre vira uma aposta grande demais.

"Se o indivíduo autônomo tem a última palavra, tem de poder querer tudo. Tenho de me agarrar ao meu bocado de vida, tenho de me realizar, e ninguém pode intrometer-se." No jeito católico de pensar, não importa se você viveu feliz, seguindo sua opção sexual ou viajando pelo mundo num veleiro. Sem acreditar em Deus, será um projeto que tende ao fracasso, à morte. Para escapar disso,
Bento 16 propõe que as pessoas voltem a ter fé. E também que parem de se preocupar tanto com si próprias. Quem não buscar se eternizar na família e enxergar o amor como um ato de renúncia estará perdendo tempo.

Então o jeito é voltar aos tempos antes de Copérnico? Não. O papa não nega as vantagens do progresso científico nos últimos séculos. Só considera que a ciência não é tudo. A ditadura da razão, para ele, é tão perigosa quanto o fanatismo religioso.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Santíssima Trindade. Está claro, evidente e provado!

Santíssima Trindade

“Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu”…

Sendo assim:
A inteligência humana é muito limitada. As verdades que Deus revelou sobre si mesmo e que estão acima de nossa capacidade intelectual, se chamam mistérios.

Unidade e Trindade de Deus.

"Eu e o pai somos um" (Jo10, 30). "O Pai está em mim e eu no Pai" (Jo 10, 38).

"Para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu estou no Pai" (Jo 10, 38).

"Eu estou no Pai e o pai está em mim" (Jo. 14, 11).
"Antes que Abraão fosse feito, Eu sou" (Jo.8, 58).

Deus não pode mentir. Se Deus revelou que em Deus há o Pai, o Filho e o Espírito Santo, nisso devemos crer, embora não compreendamos o mistério da Trindade de Pessoas na unidade da substância.

O mistério da Santíssima Trindade está além da nossa compreensão, embora seja verdadeiro!

“No fogo há luz e calor, e essas três coisas são inseparáveis na unidade do fogo. Não é possível separar o fogo da luz e do calor. A luz permite que vejamos as coisas, e por isso a luz é símbolo da verdade que permite que conheçamos as coisas abstratamente pela verdade. Daí que digamos ao compreender algo: "agora está claro"; Porque a verdade esclarece. A verdade é luz intelectual. E o calor do fogo é símbolo do amor, enquanto a frieza é símbolo da falta de amizade.
Assim como no fogo há fogo, luz e calor, assim em Deus há o Pai, o Filho que é a luz de Deus, a Verdade, e o Espírito Santo, que é o Amor de Deus.
(site Montfort:
http://montfort.org.br/index.php?lang=bra )”



O Mistério da Santíssima Trindade é o mistério da fé por excelência.

Encontramos as suas raízes bíblicas ja no Antigo Testamento em Dt 6,4:

“…Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é UM SÓ!…”

Também encontramos outro versículo bíblico que narra essa afirmação:

“…Eu sou o Senhor e não há outro, fora de mim não existe Deus…” (Is 45,5)

Ou seja, dizendo existir apenas um único Deus, e Ele sendo um só e que fora Dele não havia outro, o Senhor já estava nos indicando que existia ali algo a mais. Esse algo a mais só viríamos a saber no Novo Testamento, quando Jesus afirmou:

“… Fazei discípulos meus em todos os povos, batizando-os em nome (singular) do Pai, do Filho, e do Espírito Santo…” (Mt 28,19)

Também lemos o que São Paulo disse:

“…Agraça do Senhor Jesus Cristo, a caridade de Deus e a Comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós…” (2 Cor 13,13)

Por fim temos o que nos ensina São João:

“Quando vier o paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também testemunhareis por que desde o princípio estás comigo” (Jo 15,26)

Como vemos o Senhor nos revela a Santíssima Trindade em sua Palavra! Está claro, evidente e provado.
Só não vê quem não quer!

“...e entretanto Ele me abriu os olhos”. (Jo 9,30)
A.F.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Da morte para a vida

Epístola aos Efésios
Capítulo 21.
E vós outros estáveis mortos por vossas faltas, pelos pecados
2. que cometestes outrora seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos rebeldes.
3. Também todos nós éramos deste número quando outrora vivíamos nos desejos carnais, fazendo a vontade da carne e da concupiscência. Éramos como os outros, por natureza, verdadeiros objetos da ira (divina).
4. Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou,
5. quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -,
6. juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.
7. Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Jesus Cristo.
8. Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.
9. Não provém das obras, para que ninguém se glorie.
10. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.
11. Lembrai-vos, pois, de que outrora vós, gentios por nascimento - que sois chamados incircuncisos por aqueles que se dizem circuncida dos, os que levam na carne a circuncisão feita por mãos humanas -,
12. lembrai-vos de que naquele tempo estáveis sem Cristo, sem direito da cidadania em Israel, alheios às alianças, sem esperança da promessa e sem Deus, neste mundo.
13. Agora, porém, graças a Jesus Cristo, vós que antes estáveis longe, vos tornastes presentes, pelo sangue de Cristo.
14. Porque é ele a nossa paz, ele que de dois povos fez um só, destruindo o muro de inimizade que os separava,
15. abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições. Desse modo, ele queria fazer em si mesmo dos dois povos uma única humanidade nova pelo restabelecimento da paz,
16. e reconciliá-los ambos com Deus, reunidos num só corpo pela virtude da cruz, aniquilando nela a inimizade.
17. Veio para anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz também àqueles que estavam perto;
18. porquanto é por ele que ambos temos acesso junto ao Pai num mesmo espírito.
19. Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
20. edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
21. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
22. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus.